O Doppler Transcraniano ou DTC é um exame de ultrassonografia utilizado para analisar o fluxo de sangue das grandes artérias cerebrais, com o intuito de diagnosticar doenças neurológicas, cerebrais e cardíacas.
Doppler Transcraniano, um Exame de Imagem e Movimento
O exame, que também é conhecido como estetoscópio cerebral, surgiu em 1982, graças à Rune Aaslid. E desde o seu primeiro aparecimento, tem evoluído como ferramenta de diagnóstico, monitoramento e terapêutica.
Afinal, o que é Doppler Transcraniano?
Nos dias atuais, ele é o único exame que pode fornecer informações instantâneas sobre a hemodinâmica cerebral, além de ser capaz de identificar embolização nos vasos cerebrais.
O Doppler Transcraniano e o Efeito Doppler não têm só o nome em comum. O DTC tem o seu funcionamento inspirado no Efeito Doppler, que nada mais é do que um fenômeno físico em que o observador percebe alterações na frequência de ondas sonoras e eletromagnéticas quando há um movimento entre eles.
Efeito Doppler – Doppler Transcraniano
A teoria foi proposta em 1842, pelo físico austríaco Johann Christian Doppler e só foi testada por Buys Ballot três anos mais tarde. Já na medicina, o efeito Doppler é utilizado em exames que diagnosticam, por meio de imagens, informações sobre o sentido e a velocidade do fluxo sanguíneo.
Sintomas: – Doppler Transcraniano
O ultrassom é solicitado para diagnosticar, principalmente a doença vascular cerebral ou avaliar o estado clínico do paciente em casos de:
- Desmaios, tontura e vertigem;
- Enxaqueca ou miscelânea;
- Gravidez.
- O médico solicita esse exame para ter informações sobre a irrigação e oxigenação dos órgãos do feto, que começam a serem formados a partir da décima segunda semana de gestação;
- O Médico suspeitar de estreitamento das artérias basais do encéfalo;
- Detecção de obstrução dos vasos de sangue coagulados dentro das artérias após o uso de droga trombótica, que serve como um dissolvente de coágulos para tratamento de acidente vascular cerebral (AVC);
- Avaliação dos vasos e artérias sanguíneos intracranianos;
- Na suspeita de hipertensão intracraniana
- Avaliação das circulações colaterais intracranianas em pessoas com estreitamento patológico de um canal, orifício ou conduto (estenose) ou com oclusões extra e intracraniana;
- Derrame cerebral;
- Pessoas diagnosticadas com anemia cruciforme ou Acidente Vascular Cerebral;
- Pacientes com traumatismo cranioencefálico originado da vasoconstrição;
- Detecção de embolia encefálica paradoxal;
- Embolização ecocardiograma;
- Monitoração do fluxo sanguíneo durante as cirurgias cardiovasculares e ortopédicas para identificar a isquemia cerebral
- Em caso de suspeita de hipertensão intracraniana e morte cerebral.
O DTC é utilizado para avaliar as doenças vasculares cerebrais, para fornecer informações sobre a hemodinâmica cerebral e também é muito utilizado para a confirmação de morte encefálica, devido à fácil e precisa detecção das ações circulatórias do cérebro.
Funcionamento do exame – Doppler Transcraniano
O exame é tão simples que não tem restrições e pode ser realizado tanto com o paciente deitado em uma maca quanto sentado em uma cadeira de rodas ou até mesmo em uma UTI. O profissional extremamente habilitado encosta um dispositivo chamado de transdutor em regiões da cabeça para detectar os sinais de fluxo sanguíneo nas artérias do cérebro.
Basicamente, o paciente só precisa estar confortável, relaxado e não realizar movimentos bruscos para que isso não interfira no resultado do exame, que é rápido, indolor e não invasivo.
Áreas do Corpo Examinadas – Doppler Transcraniano
Na hora do exame, é colocado sobre o paciente uma fonte de ondas sonoras que são incapazes de serem ouvidas pelo ser humano. A partir disso, o aparelho capta as ondas que foram refletidas pelas hemácias, e assim obtêm as características do fluxo sanguíneo.
Quando o profissional coloca o transdutor na via temporal, mais precisamente, na linha das orelhas, ele está avaliando o fluxo sanguíneo de artérias, como a carótida interna e as cerebrais média, anterior e posterior.
Ao posicionar sobre a pálpebra fechada da pessoa, ele está consultando o fluxo de sangue da artéria oftalmológica e da carótida interna.
Para identificar enxaquecas ou migrâneas, o transdutor identifica alterações e assimetria nas velocidades dos fluxos sanguíneos.
Seus principais usos são para avaliar os vasos intracranianos de pacientes com doença falciforme, acidente cerebral e morte encefálica.
Além disso, também é possível detectar informações sobre o coração, por meio do ecocardiograma com o Doppler. O Ecodopplercardiograma pode determinar o fluxo de sangue; condições musculares; pode informar sobre o tamanho das câmaras e sobre o funcionamento das válvulas.
E como o exame não submete o paciente a nenhuma fonte de radiação, ele pode ser realizado sem perigo como forma de prevenção e de acompanhamento de doenças, bem como em gestantes.