
Doppler Transcraniano – Você Conhece este Exame?
Por Médico de Doppler Transcraniano • 07 de agosto de 2020

Por Médico de Doppler Transcraniano • 07 de agosto de 2020
Doppler Transcraniano – Você Conhece este Exame? Também conhecido como Ultrassom transcraniano, o Doppler transcraniano é um exame não invasivo e indolor ao paciente. Este método diagnóstico é baseado no sistema de ultrassonografia, que consiste na transmissão pulsada de ondas de ultrassom, com baixa frequência, para a região alvo do exame.
Neste artigo, saiba mais sobre a realização deste exame, seus princípios básicos e suas indicações.
O ultrassom com Doppler Transcraniano fornece medidas rápidas e não invasivas em tempo real da função cerebrovascular. O exame pode ser usado para medir a velocidade do fluxo nas artérias basais do cérebro, para avaliar as mudanças relativas ao fluxo, diagnosticar a estenose vascular focal ou detectar sinais embólicos no interior dessas artérias.
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O Doppler transcraniano também pode ser usado para avaliar a saúde fisiológica de um determinado território vascular, medindo as respostas do fluxo sanguíneo a alterações na pressão arterial (autorregulação cerebral), alterações no nível de CO2 no final da expiração (vasorreatividade cerebral), ou ativação cognitiva e motora (acoplamento neurovascular ou hiperemia funcional).
A ultrassonografia com Doppler baseia-se no princípio do efeito Doppler. De acordo com este princípio, as ondas de ultrassom emitidas pela sonda Doppler são transmitidas através do crânio e refletidas pela movimentação de glóbulos vermelhos no interior dos vasos intracerebrais.

Doppler Transcraniano – Princípios Básicos
A diferença na frequência entre as ondas emitidas e refletidas, chamada de “frequência do desvio Doppler”, é diretamente proporcional à velocidade dos glóbulos vermelhos em movimento (velocidade do fluxo sanguíneo).
A análise pode ser usada para obter medidas da velocidade do fluxo sanguíneo, bem como algumas outras características do fluxo dentro do vaso sanguíneo.
O exame é indicado nos casos em que é necessária uma verificação da estrutura vascular cerebral.
Por exemplo:
Situações de
O procedimento estabeleceu utilidade no diagnóstico clínico de várias doenças cerebrovasculares, incluindo acidente vascular cerebral isquêmico agudo, vasoespasmo, hemorragia subaracnoidea, doença falciforme, bem como outras condições, como morte encefálica. A indicação clínica e as aplicações de pesquisa para esse modo de imagem continuam a se expandir.
As ondas emitidas durante a ultrassonografia, ao contrário do que a comunidade científica acreditava até o fim da década de 1980, possui a capacidade de percorrer o crânio íntegro. Dessa forma, o exame passou a ser realizado também para avaliar a circulação sanguínea dos vasos intracranianos.
Com o paciente deitado em uma maca, aplica-se um gel nas têmporas, acima dos olhos e na região posterior do pescoço. Em seguida, o médico irá passar por essa região o aparelho de ultrassom. Além de verificar como está a circulação sanguínea intracraniana, é possível identificar algumas alterações degenerativas.
Em pessoas com janela acústica temporal adequada, o exame permite a visualização de estruturas encefálicas, principalmente do mesencéfalo, núcleos da base, tálamos e segmentos do sistema ventricular.
O Doppler Transcraniano também pode ser realizado à beira do leito, não acrescentando nenhum risco ao paciente acamado. Como grande parte dos pacientes internados possuem dificuldade para se locomover, esta é uma grande vantagem.
Totalmente indolor e não invasivo, o exame pode ser repetido várias vezes, sem nenhum risco ao paciente, mesmo se ele estiver com febre ou dormindo. Apenas é recomendado que lentes de contato, brincos e acessórios metálicos sejam retirados antes do exame.